Memória de 14/09/2005 – Em sessão presidida pelo Deputado Nono, Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, em substituição ao Presidente Severino, foi cassado o mandato do Deputado Roberto Jefferson do PTB, autor das denúncias que desencadearam a instauração das CPMI´s dos Correios e do Mensalão, mas que também serviram de base para argumentação ao pedido de sua cassação, impetrada no Conselho de Ética da Câmara, pelo ex-Deputado fujão Waldemar da Costa Neto do PL, também envolvido nos mesmos escândalos.
Que sorte Bob Jeff! Cassaram somente o mandato, mas acredito que queriam caçar a pessoa. Na realidade acredito que deveriam caçar a entidade, no intuito de eliminar qualquer possibilidade de retorno à vida pública. Mas o corporativismo sempre pega mais forte. Mesmo assim, cassaram Roberto Jefferson, o ex-gordo que usou de caras e rostos para desmascarar o maior esquema de corrupção do Governo na era Lula, uma vez que ainda não existiram caras e rostos para desmascarar na era FHC, Itamar, Collor, Sarney e lá vai era nisso. Quem sabe surjam outros Roberts com tamanha pretensão.
Mas independentemente disso, o Congresso sentirá sua falta. Quem cantará óperas e será o barítono, soprano, tenor ou profano das árduas sessões da Câmara? Quem usará aquelas maravilhosas camisas rosa ou lilás dentro de mafiosos ternos de linho riscado? Quem ironizará tal qual você o fez e odiará tanto quanto você demonstrou? Quem sentirá os mais profundos instintos primitivos com a mesma veracidade que você externou? Quem se despirá perante a Nação e falará somente a verdade assim como você o fez? Uma última pergunta. Jeff, que papo é esse de tirei a roupa do Rei? Fique experto Bob, pois instinto primitivo associado a Rei sem roupa, é coisa de pervertido. Pode representar libido reprimida, e assim sendo, o ódio que sente pelo Dirceu pode ser encarado como amor, já que ambos andam juntos. Calma com as frases Bob, calma.
O Brasil sentirá sua falta, não pela sua representatividade, mas por sua representação. Você é uma artista. Supriu-nos de diária dramaturgia num momento em que a TV peca por falta de assunto. Perdeu o emprego básico de parlamentar no Congresso, mas quem sabe, poderá arrumar uma atuação em algum quadro básico de revelações artísticas, já que outras revelações talvez o Brasil não agüente.
Adeus Bob, adeus! A Deus pagará sua penitência na hora do juízo final, porque no julgamento parlamentar você já dançou gostoso. Só nos resta agora cobrar a justiça civil e penal pelos atos praticados. Mas mesmo assim, adeus Jeff! Saiba que, apesar de sua relevância política, sua ausência não mudará muito a imagem do Congresso, uma vez que ainda sobraram quinhentos e poucos ROBERTS que precisam pagar também pelos seus crimes eleitorais e suas apropriações de cargos e vantagens em inúmeros órgãos públicos espalhados por esse tão roubado Brasil.
Para registro histórico (desculpem eventuais repetições):
Que a política é podre, parece ser um consenso nacional, mas cá para nós, haja podre nisso. É bom sempre deixar registrada a história que desencadeou essa cassação – a primeira - e outras duas renuncias parlamentares já concretizadas.
Há pouco mais de 3 meses, Roberto Jefferson se viu acuado pela matéria divulgada na imprensa, envolvendo seu nome em denuncias de corrupção nos Correios. Um vídeo incriminou o pobre inocente. Tentou amenizar a barra junto ao Gabinete Civil, comandado pelo então Ministro José Dirceu do PT, solicitando do mesmo sua interferência junto às emissoras de TV, no intuito de abafar o caso, mas não obteve sucesso. Como viu que a coisa ia feder para seu lado, decidiu colocar a boca no trombone e jogar merda no ventilador, denunciando aquilo que sabia ou imagina saber sobre a corrupção do Governo na compra de votos de deputados – o mensalão – para aprovação de leis de interesse do executivo. Foi o estopim de uma bomba atômica. Surgiram nomes como Delúbio Soares e Silvinho Pereira, respectivamente Tesoureiro e Secretário Geral do PT, Karina Somagio, secretário do Publicitário Marcos Valério, proprietário de uma série de empresas de comunicação, envolvidas em esquemas de super faturamento em contratos de publicidade, arrecadação e distribuição do mensalão aos deputados da base aliada do Governo.
Até Duda Mendonça apareceu na CPI contando outra bombástica história. Foram pegar até um doleiro preso para delatar o esquema de lavagem de dinheiro no exterior envolvendo Marcos Valério e Duda Mendonça. Caramba, é muita merda para contar num texto. Mas o alvo principal de Bob Jeff, talvez por revanche, inveja ou outro sentimento maior, sempre foi José Dirceu, acusado de ser o mentor do esquema do mensalão e, por conseguinte, chefe de uma quadrilha de ladrões dos cofres públicos.
Mas Dirceu não foi o primeiro a dançar. Na quadrilha pouco genuína, também aparecia José Genoino, Presidente do PT, que decidiu iniciar o baile sozinho, mesmo sabendo que ficaria desempregado. Comprovadas as irregularidades durante sua gestão à presidência, renunciou somente quando um assessor de seu irmão – Deputado Estadual no Ceará - foi pego com duzentos mil reais numa valise e cem mil dólares escondidos nas calças, sem declaração de origem, durante uma fiscalização de rotina da PF no embarque no aeroporto de Cumbica em São Paulo. José Dirceu veio depois, desligando-se do comando do Ministério da Casa Civil e retornando à Câmara para cumprir seu mandato de Deputado Federal. Outros dois que caíram por conta própria, antes que alguém os derrubassem, foi o Deputado Federal Waldemar da Costa Neto e o Bispo Carlos Rodrigues, ambos do PL.
Ficaria horas dissertando sobre isso, mas não faltará a oportunidade de registrar somente essa infame história.
Que sorte Bob Jeff! Cassaram somente o mandato, mas acredito que queriam caçar a pessoa. Na realidade acredito que deveriam caçar a entidade, no intuito de eliminar qualquer possibilidade de retorno à vida pública. Mas o corporativismo sempre pega mais forte. Mesmo assim, cassaram Roberto Jefferson, o ex-gordo que usou de caras e rostos para desmascarar o maior esquema de corrupção do Governo na era Lula, uma vez que ainda não existiram caras e rostos para desmascarar na era FHC, Itamar, Collor, Sarney e lá vai era nisso. Quem sabe surjam outros Roberts com tamanha pretensão.
Mas independentemente disso, o Congresso sentirá sua falta. Quem cantará óperas e será o barítono, soprano, tenor ou profano das árduas sessões da Câmara? Quem usará aquelas maravilhosas camisas rosa ou lilás dentro de mafiosos ternos de linho riscado? Quem ironizará tal qual você o fez e odiará tanto quanto você demonstrou? Quem sentirá os mais profundos instintos primitivos com a mesma veracidade que você externou? Quem se despirá perante a Nação e falará somente a verdade assim como você o fez? Uma última pergunta. Jeff, que papo é esse de tirei a roupa do Rei? Fique experto Bob, pois instinto primitivo associado a Rei sem roupa, é coisa de pervertido. Pode representar libido reprimida, e assim sendo, o ódio que sente pelo Dirceu pode ser encarado como amor, já que ambos andam juntos. Calma com as frases Bob, calma.
O Brasil sentirá sua falta, não pela sua representatividade, mas por sua representação. Você é uma artista. Supriu-nos de diária dramaturgia num momento em que a TV peca por falta de assunto. Perdeu o emprego básico de parlamentar no Congresso, mas quem sabe, poderá arrumar uma atuação em algum quadro básico de revelações artísticas, já que outras revelações talvez o Brasil não agüente.
Adeus Bob, adeus! A Deus pagará sua penitência na hora do juízo final, porque no julgamento parlamentar você já dançou gostoso. Só nos resta agora cobrar a justiça civil e penal pelos atos praticados. Mas mesmo assim, adeus Jeff! Saiba que, apesar de sua relevância política, sua ausência não mudará muito a imagem do Congresso, uma vez que ainda sobraram quinhentos e poucos ROBERTS que precisam pagar também pelos seus crimes eleitorais e suas apropriações de cargos e vantagens em inúmeros órgãos públicos espalhados por esse tão roubado Brasil.
Para registro histórico (desculpem eventuais repetições):
Que a política é podre, parece ser um consenso nacional, mas cá para nós, haja podre nisso. É bom sempre deixar registrada a história que desencadeou essa cassação – a primeira - e outras duas renuncias parlamentares já concretizadas.
Há pouco mais de 3 meses, Roberto Jefferson se viu acuado pela matéria divulgada na imprensa, envolvendo seu nome em denuncias de corrupção nos Correios. Um vídeo incriminou o pobre inocente. Tentou amenizar a barra junto ao Gabinete Civil, comandado pelo então Ministro José Dirceu do PT, solicitando do mesmo sua interferência junto às emissoras de TV, no intuito de abafar o caso, mas não obteve sucesso. Como viu que a coisa ia feder para seu lado, decidiu colocar a boca no trombone e jogar merda no ventilador, denunciando aquilo que sabia ou imagina saber sobre a corrupção do Governo na compra de votos de deputados – o mensalão – para aprovação de leis de interesse do executivo. Foi o estopim de uma bomba atômica. Surgiram nomes como Delúbio Soares e Silvinho Pereira, respectivamente Tesoureiro e Secretário Geral do PT, Karina Somagio, secretário do Publicitário Marcos Valério, proprietário de uma série de empresas de comunicação, envolvidas em esquemas de super faturamento em contratos de publicidade, arrecadação e distribuição do mensalão aos deputados da base aliada do Governo.
Até Duda Mendonça apareceu na CPI contando outra bombástica história. Foram pegar até um doleiro preso para delatar o esquema de lavagem de dinheiro no exterior envolvendo Marcos Valério e Duda Mendonça. Caramba, é muita merda para contar num texto. Mas o alvo principal de Bob Jeff, talvez por revanche, inveja ou outro sentimento maior, sempre foi José Dirceu, acusado de ser o mentor do esquema do mensalão e, por conseguinte, chefe de uma quadrilha de ladrões dos cofres públicos.
Mas Dirceu não foi o primeiro a dançar. Na quadrilha pouco genuína, também aparecia José Genoino, Presidente do PT, que decidiu iniciar o baile sozinho, mesmo sabendo que ficaria desempregado. Comprovadas as irregularidades durante sua gestão à presidência, renunciou somente quando um assessor de seu irmão – Deputado Estadual no Ceará - foi pego com duzentos mil reais numa valise e cem mil dólares escondidos nas calças, sem declaração de origem, durante uma fiscalização de rotina da PF no embarque no aeroporto de Cumbica em São Paulo. José Dirceu veio depois, desligando-se do comando do Ministério da Casa Civil e retornando à Câmara para cumprir seu mandato de Deputado Federal. Outros dois que caíram por conta própria, antes que alguém os derrubassem, foi o Deputado Federal Waldemar da Costa Neto e o Bispo Carlos Rodrigues, ambos do PL.
Ficaria horas dissertando sobre isso, mas não faltará a oportunidade de registrar somente essa infame história.
No comments:
Post a Comment