Wednesday, August 08, 2007

Os bois de piranha.


"Se gritaria resolvesse alguma coisa, porco não morria daquele jeito". Com essa frase motivacional e super criativa de um senador das minorias oposicionistas sei lá de que, acabo de concluir que o Congresso Nacional, em especial o Senado Federal, entrou para valer na era degelo rural. Não bastassem os bois mal explicados e os laranjas sócios comportados, agora surgem os porcos histéricos a gritar. Quais serão os próximos animais e vegetais que surgirão naquela grande fazenda pública nacional?

Me perdoem os ruralistas, que há tempos, longe de suas porteiras estaduais, utilizam de seus currais eleitorais para galgar mandatos no matadouro federal, mas agora quem manda na carne seca e espreme a laranja até o bagaço, é o Presidente que virou suco na cadeira de couro azul e que vende gado supervalorizado para açougue inexistente num estado com aftosa não erradicada.

Está certo que vira e mexe os intelectuais cidadãos daquela casa legislativa, acima de qualquer suspeita, vivem a trocar farpas quando um, dentre os demais, aparece na mídia com suas improbidades e assim expõe a todo mundo que consegue perseverantemente encobrir as próprias e proteger todo o sistema corrupto como um todo.

Não bastassem os laranjas a virar suco no final de toda apuração, chamar bate-boca,de gritaria de porco, já é um pouco de abuso para a oposição. De que mesmo? O finado ACM que o diga, na sua briga com o ainda vivo, e bem vivo Barbalho, que resultou num poderoso toma lá dá cá do cara... Perdoem por não completar a rima.

Denuncias a surgir para comprovar isso ou aquilo, não acredito que ali, alguém blasfeme a antológica frase "atire a primeira pedra", principalmente numa sessão aberta ao público, sob pena de virarem Madalenas sem a divina intervenção do Redentor, que certamente defende as mães, mas não protege os filhos das putas.

É claro que o criador alagoano de gado, ministro no mandato do renunciado amigo de estado que agora collori retornado, não é inocente tal qual seus indecentes colegas de outros estados. A questão é se o associado de laranja vai deixar tudo virar suco ou cuspir caroço para todo lado. Se for macho como o amigo de saco roxo, fará igual ao acontecido na outra casa parlamentar, quando o barítono alinhado após uma cirurgia alimentar, antes de ser cassado, também acusou um outro aliado e meio mundo para lhe acompanhar.

Isso é o que dá pular a cerca e pagar pensão com dinheiro de vaca vendida. Na hora de comer a maminha não convidou ninguém, mas para pagar a fraldinha precisou da grana de um certo alguém. E agora, segundo boatos, talvez possamos todos ver a filé mignon maturada sair pelada em revista masculina por um preço não muito maior que uma dúzia de laranjas. E com certa vantagem, pois não terei que mostrar imposto de renda e nem informar quem pagou a revista para mim.

Êta Senado Rural! Agora estão a escolher mais um boi de piranha. Aquele "mais fraco", que sangrando, é colocado numa parte abaixo do rio, para servir de alimento as piranhas enquanto o restante do gado passa com segurança. Ai surge em mim uma pergunta que não se faz calar: quando o boi fraquinho é um xará do jogador de volei da velha guarda, com suas histórias de laranjas e gados alagoanos, quais são então os desvios vinculados ao restante do gado bem de saúde e de bem com a vida, cada qual em grupo de três dos demais estados?